Repositório Institucional IFSC

URI permanente desta comunidadehttp://143.107.180.6:4000/handle/RIIFSC/1

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Estudo epidemiológico molecular de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isolados no Brasil e estudo da proteína reguladora de resposta GraR
    (2016-11-04) Camargo, Ilana Lopes Baratella da Cunha
    Linhagens multirresistentes e virulentas de MRSA tem se disseminado em hospitais do mundo todo e são poucas as alternativas de tratamento para infecções causadas por este patógeno. Neste estudo, cerca de 150 amostras isoladas de diferentes espécimes clínicos de pacientes infectados ou colonizados hospitalizados em diferentes regiões do Brasil serão analisadas. Estes resultados fornecerão dados importantes para os médicos e enfermeiros quanto à existência ou não de disseminação de alguma linhagem no hospital, o que poderia caracterizar um surto. Para tanto, realizaremos as tipagens moleculares através das técnicas de Gel de Eletroforese em Campo Pulsado (Pulsed Field Gel Electrophoresis, PFGE) e Tipagem por Sequenciamento de Multilocus (Multilocus sequence typing, MLST), além de tipar o elemento SCCmec presente nas principais linhagens encontradas. Avaliaremos a eficácia de vários antimicrobianos e a frequência de h-VISA e VISA dentre os MRSA isolados no Brasil. Além disso, verificaremos a prevalência de mutações em genes que estão envolvidos no mecanismo de VISA e a presença dos genes da Leucocidina Panton Valentine. Estudaremos também utilizando técnicas cristalográficas o regulador de resposta GraR da linhagem S. aureus N315 e o mutante GraR* da linhagem S. aureus Mu50, que tem sido descrito como responsável pela diminuição da sensibilidade à vancomicina e outras drogas. Este estudo permitirá conhecermos detalhes da proteína GraR que pode nos fornecer dados importantes para a descoberta do mecanismo de resistência em VISA.
  • Item
    Comparação genotípica e fenotípica de Enterococcus faecalis resistentes à vancomicina isolados nos anos de 2009 e 2011 em um hospital de Minas Gerais
    (2014-01-07) Merlo, Thaís Panhan
    Enterococcus são cocos gram-positivos que ocorrem isolados, aos pares (diplococos) ou em cadeias e pertencem à microbiota intestinal de uma grande variedade de hospedeiros, de mamíferos a insetos. Enterococcus foram originalmente considerados organismos de pouca importância clínica, mas têm se revelado importantes patógenos nosocomiais. O fato dos Enterococcus possuírem formas de resistência intrínseca e adquirida a vários antibióticos dificulta o tratamento de infecções causadas por eles. Enterococcus faecalis é geralmente a espécie predominante entre os enterococos isolados, sendo de 80% a 90% das amostras clínicas. O surgimento de Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE- do inglês vancomycin resistant enterococci) reduziu significativamente as opções de tratamento. O objetivo deste estudo foi identificar e comparar amostras de E. faecalis resistentes à vancomicina (VREfs) isolados em pacientes nos anos de 2009 e 2011, durante um programa de vigilância no Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, MG. A identificação das espécies foi feita por multiplex-PCR com primers espécie-específicos e os E. faecalis foram selecionados para estudo. Foram realizadas a pesquisa da presença dos genes elrA, cylLL, esp e gelE, a determinação do genótipo responsável pela resistência e a caracterização do transposon que contém o gene de resistência, todos por meio de PCR. Foi também realizada a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) de acordo com o CLSI (2013) para vancomicina, linezolida, tigeciclina e daptomicina e testes para resistência a altas concentrações de aminoglicosídeos. Por fim, a tipagem das amostras foi feita através de eletroforese em campo pulsado (PFGE- do inglês Pulsed Field Gel Eletroforesis) e MLST (Multilocus sequence typing). Foi encontrado que 22,2% dos VRE isolados em 2009 e 61,7% dos isolados em 2011 pertencem à espécie E. faecalis e estes foram utilizados no estudo. Houve surgimento de resistência à tigeciclina nos isolados de 2011, sendo 10 isolados resistentes, logo após o início do uso deste antimicrobiano no hospital. Foi encontrado um isolado de 2011 com resistência intermediária à linezolida. Todos os isolados foram sensíveis à daptomicina e altamente resistentes à vancomicina, com CIM maior que 256 μg/mL. Essa alta resistência à vancomicina é condizente com o genótipo Vana, encontrado em todas as amostras. O perfil de virulência prevalente nos VREfs em 2009 era elrA+gelE+, sendo dos pulsotipos A1 e A4 e ST103. Apenas um isolado de 2009, com pulsotipo A1 apresentou o perfil de virulência cyl+elrA+gelE+. Em 2011, o perfil de virulência prevalente foi cyl+esp+elrA+gelE+, sendo que os 12 isolados com esse perfil pertenciam aos pulsotipos B e C e ST6, que ocorreram somente em isolados de 2011. Onze amostras de 2011 apresentaram o perfil elrA+gelE+ e foram classificadas no pulsotipo A e seis amostras tem perfil cyl+elrA+gelE+ e são dos pulsotipos B e D. Resultados de PFGE mostram a inserção no hospital da linhagem ST6, um clone multirresistente amplamente disseminado em hospitais da Itália, Portugal, Espanha e Estados Unidos. Concluiu-se que houve mudanças no perfil de E. faecalis resistentes à vancomicina no hospital, ao longo dos dois anos, com aumento de resistência e linhagens mais virulentas, sendo estes motivos de preocupação.